p.s. uma para as meninas pa não ficarem tristes ;)
quinta-feira, 10 de abril de 2008
gelado de chocolate
hoje vou fazer meu primeiro gelado de chocolate assumido. vai ser uma espécie de versão caseira do fever ou passion, nunca sei, for chocolate. ainda estou indeciso entre os bocadinhos de brownie ou de bolacha de chocolate lá pelo meio. provavelmente serão as bolachas porque os bocadinhos de brownie já provei no outro e sei que ficam bem. assim sempre aprendo qq coisa.
isto tudo para fugir ao que realmente queria dizer... queria tanto fazer este gelado para ti! engordavas logo uns kilitos ;)
henry&june
revi o "henry&june" aos bocados. intermitentemente num misto de saborear e de difícil de engolir.
lembrava-me de muito pouco, mas à medida que o filme ia passando ia-me relembrando e lembrando do que senti à tantos anos atrás quando o vi pela primeira vez. as partes que mais me tinham marcado e as que nem por isso e por isso mesmo agora me tomaram de surpresa. ai ai a maria de medeiros... perto dela a uma thurman parece tão vulgar.
uma coisa que não me lembrava era do ar teatral que se respira durante o filme, como se conseguisse cheirar a madeira velha de um teatro qualquer. outra coisa que não me lembrava era da inocência, se calhar candura é melhor, que nos embala e rodeia lentamente como um nevoeiro que não se vê chegar. por isso mesmo as partes mais tensas, violentas, são verdadeiramente angustiantes pelo contraste com tudo o resto.
deu-me vontade de escrever...
um dos pormenores que não me lembrava e me surpreendeu é que ela só publicou certas coisas depois do marido morrer. respeito é muito bonito e eu gosto, já dizia a minha mãe. um toque de classe extra.
para acabar apetece-me ir ao inicio. o titulo. aqui esta outro toque de classe extra. algo que parece óbvio, mas que nas mãos erradas podia muito bem ter sido "anais" ou assim qualquer coisa. digo isto porque o filme é realmente sobre ela e no fundo ela é a única real pessoa do filme com os outros sempre em segundo plano. a evolução, o crescer é todo dela enquanto os outros são mais pedras de diferentes tamanhos e feitios. e apesar de alguns serem deslocados pelo vento acabam o filme sendo a mesma pedra do inicio com uma face diferente virada para cima. já a maria de medeiros faz-me mais lembrar as sementes de um dente de leão que com esse mesmo vento se liberta da planta e vai percorrer novos caminhos.
bem já tou a ficar meloso...aquele vestido de renda...já me tinha esquecido porque é que lhe achava tanta piada. maria de medeiros
divagações
é difícil não dramatizar. tentar fazer cada problema o maior do mundo... faz-me lembrar de tentar deixar de fumar.
ninguém consegue resolver os maiores problemas do mundo e assim a absolvição parece um passo mais próximo apesar de nunca chegar.
a culpa instala-se no estômago como quase tudo que vale a pena. desde a comida ao Amor e ao ódio ... devia existir um oposto à letra maiúscula, algo que a encontrasse do outro lado do meio que é a norma, algo singelo que exprimisse mesquinhez e inveja.
apesar de tudo, pintar um sonho sobre o céu, sobre voar, sobre ir à lua, sobre cair no oceano e afundar até tocar na areia que nunca viu a luz do sol parece-me menos difícil do que fazer algo real e cru.
toda a gente já sentiu a realidade tocar-lhe na pele. aquele arrepio de frio qual beijo gelado que o vento gostaria de dar... por muito que se descreva nunca chegará perto do que se sente a caminhar numa manha de janeiro à beira mar um dia antes da tempestade rebentar. o cheiro do mar por todo lado, o vento húmido que nos fustiga a cara, a electricidade que quase não se sente mas se adivinha no estômago.
o Amor e a guerra... impossíveis de descrever, impossíveis de não sentir. nunca fui à guerra, nunca matei. mas já amei ...
ninguém consegue resolver os maiores problemas do mundo e assim a absolvição parece um passo mais próximo apesar de nunca chegar.
a culpa instala-se no estômago como quase tudo que vale a pena. desde a comida ao Amor e ao ódio ... devia existir um oposto à letra maiúscula, algo que a encontrasse do outro lado do meio que é a norma, algo singelo que exprimisse mesquinhez e inveja.
apesar de tudo, pintar um sonho sobre o céu, sobre voar, sobre ir à lua, sobre cair no oceano e afundar até tocar na areia que nunca viu a luz do sol parece-me menos difícil do que fazer algo real e cru.
toda a gente já sentiu a realidade tocar-lhe na pele. aquele arrepio de frio qual beijo gelado que o vento gostaria de dar... por muito que se descreva nunca chegará perto do que se sente a caminhar numa manha de janeiro à beira mar um dia antes da tempestade rebentar. o cheiro do mar por todo lado, o vento húmido que nos fustiga a cara, a electricidade que quase não se sente mas se adivinha no estômago.
o Amor e a guerra... impossíveis de descrever, impossíveis de não sentir. nunca fui à guerra, nunca matei. mas já amei ...
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